Page 9 - Revista Ciesp Ed 25
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CAPA
A indústria nacional sofre com a de-
sindustrialização, e localmente com a
competição de áreas com o mercado
imobiliário, e a falta de incentivo. Por
isso, se houver ações locais efetivas você
percebe que é possível Guarulhos manter
e desenvolver sua capacidade industrial?
Sim, é claro. Guarulhos tem um forte
atrativo, que é a localização e a disposi-
ção de logística que possui. A questão da
escassez imobiliária é normal, estamos
muito próximos de São Paulo, e Guarulhos
já não é mais cidade dormitório. A popu-
lação fixa aumentou muito e há a neces-
sidade de serviços, o que empurra a área
industrial para bairros e regiões ainda
sem estrutura. Esse é um grande desafio
para a atual gestão. Precisam e sei que
estão trabalhando estas questões, como
criação de centros logístico, industrial e
de inovação. O que fará com que a cidade
se desenvolva por completo. Hoje o apelo
está em condomínios e serviços, o que
é normal nessa transição. Se o governo
fizer muito bem o seu papel, com certeza
essas acomodações gerarão espaço para
todos os setores.
É você quem faz uma interlocução entre
a indústria local com o poder executivo e
outros órgãos públicos, quando necessá-
rio. Como está essa relação atualmente?
A indústria pode considerar a Prefeitura
de Guarulhos como um parceiro no seu
desenvolvimento?
Nós sempre vamos estar junto ao
Governo Municipal, independe de quem
seja ou qual o partido. Nosso papel é
acompanhar, participar, cobrar e colabo-
rar na busca do melhor para a indústria
e sociedade. Nossa relação com o gover-
no anterior foi boa e com o atual com
certeza será no mínimo igual, e ela já se
desenha assim. Vários dos secretários já
estão tratando assuntos de interesse da
indústria e a relação com o Prefeito está
amadurecendo e melhorando a cada dia.
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